No dia 14/03 é celebrado o dia nacional dos Animais. Essa data tem como objetivo conscientizar os seres humanos sobre os direitos animais, sejam eles domésticos ou selvagens.

A senciência é a capacidade dos seres de experimentar sensações e sentimentos de forma consciente. Se os animais não humanos têm a capacidade de sentir dor, medo, frio e fome de forma consciente, devem ser considerados como sujeitos de direitos, e não meros objetos.

Numa visão realista animais são seres vulneráveis, coabitantes não humanos vivendo na Terra conosco e não para nós.

A necessidade de mudança é urgente! Como sociedade precisamos deixar de ignorar o sofrimento animal, de forma a nos desvencilharmos da objetificação que legaliza seu tratamento como fonte de renda, alicerce econômico, entretenimento, alimento, experimento científico, entre tantas outras atividades de forma a atender a uma demanda de consumo desenfreado e inconsciente.

Não podemos mais aceitar a exploração animal sob um permissivo ético bem-estarista, quando nunca houve interesse na integral fiscalização do efetivo bem-estar, e ainda porque esta ótica foi trazida apenas como mais um meio de justificar o uso dos animais como objetos para se obter o fim desejado, afastando, mais uma vez, o senso de que os animais sentem de forma consciente e de que isso os torna sujeitos de direitos.


Animais

Uma vez sujeitos de direitos em razão da capacidade de sentir de forma consciente, os animais fazem jus à dignidade em seu genuíno conceito, o qual é claramente incompatível com qualquer modelo de exploração atual.

Não podemos mais permitir a relativização do conceito de ética, sendo esta universal e única sob qualquer prisma de análise, e por isso nos cumpre lutar por sua aplicação efetiva, e não mais por sua discussão a fim de meramente legalizar processos de exploração com base em uma aprovação por conselhos éticos, por exemplo.

Se a visão antropocêntrica nos levou à discriminação de espécies por meio do abuso extremo da utilização de animais não humanos para tantos fins tradicionalmente permitidos - mas prescindíveis em sua essência -, que o abolicionismo nos leve à imediata e constante luta pela efetiva libertação animal.

Cabe a cada um de nós contribuir para este processo de desconstrução do especismo; cada atitude do nosso dia a dia conta!

AnimaisA Ahimsa reafirma seu compromisso com a luta pelo fim da exploração animal, não utilizando insumos de origem animal para a produção de todos os seus calçados e acessórios, sendo a primeira fábrica inteiramente vegana do mundo, e mostrando que é possível se obter a máxima qualidade e conforto por meio de um processo de produção ético.